quarta-feira, 28 de março de 2007

E se a "igreja" quisesse ser IGREJA ?

Esse texto não é meu, mas não posso deixar de mencioná-lo:

O que ela deveria fazer?
1. Crer que o Evangelho não está em disputa com as Religiões do mundo, e nem tampouco pretende ser uma delas.
2. Crer que a obra de evangelização nada é além do viver em fé a revelação do amor e da Graça de Deus em Cristo Jesus, sem nenhuma questão.
3. Crer que toda “missão” com o tempo estraga a Missão Original, pois esta só permanece pura enquanto é fruto do amor que faz sem perceber e sem contar...
4. Crer que ela não é a Juíza do Homens, nem a mantenedora dos bons costumes, mas a propagadora da Palavra que a atingiu como Boa Nova, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões.
5. Crer que o Espírito Santo é Vivo, Livre e Soberano, e que a Palavra é Viva e Eficaz, sendo, portanto, trabalho do Espírito e da Palavra, convencer os homens do pecado, da justiça e do juízo—não sendo esta, portanto, a tarefa da Igreja.
6. Crer que ela é a comunidade dos que foram chamados nos becos, vielas e antros da Terra—conforme a parábola de Jesus; e isso porque os filhos de Abraão segundo a carne não se acharam dignificados pelo convite—; e, portanto, dela se espera que aceite o convite, que vista-se com as vestes da justiça da fé, e que não questione a presença de ninguém nas Bodas do Cordeiro.
7. Crer que por uma questão de ordem histórica e funcional, a Igreja se mostra como “igreja”, e que é parte do movimento de cura “desta” o buscar ser sempre Aquela.
8. Crer que a única leitura bíblica que não perverte a consciência no caminho da lei, da moral e da religião, é aquela que tem em Jesus a sua Chave Hermenêutica; sendo que depois dessa compreensão em fé há uma única questão a ser levantada pelo povo de Deus ante leitura da Palavra: Como Jesus interpretou essa questão com as ações de Sua própria existência humana? É no espírito dos gestos de Jesus que a Palavra Encarnada se explica e se mostra aos nossos olhos. Ele a interpretou para nós.
9. Crer realmente que o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê. Portanto, em Jesus encerrava-se uma Era e iniciava-se o que É. Tudo o que veio antes era sombra. Nele, em Cristo, estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Nele está todo o saber para a vida.
10. Crer que é impossível renovar para arrependimento quem um dia disse que cria que em Jesus toda a Lei se cumprira; que toda justiça se fez em favor dos homens; que tudo o que houvera antes teve em Cristo seu cumprimento e totalização; mas, mesmo assim, insiste em pregar ao povo um caminho quase-de-Cristo. Sim, a esses que já foram iluminados pela consciência da Graça de Deus em Cristo, e dela caíram, rendendo-se aos legalismos e às doutrinas de homens—é impossível renovar para arrependimento, visto que depois de terem crido que em Jesus Tudo Está Consumado, voltaram atrás, e puseram pesados e falsos jugos de opressão sobre os filhos dos homens. Esses não sabem mais o que é arrependimento e gratidão—esqueceram de quem são!—, visto que trataram a Cruz como quem pisa nela, e a despreza como o Feito Que Fez.
11. Crer que os dons de Deus concedidos aos homens são para serviço, de tal modo que um apóstolo é servo de todos, pois quanto mais se chega perto do Cabeça, mais a mente deve discernir que a única forma de servir a Cristo é fazendo como Ele: esvaziando-se...e se tornando figura humana...reconhecível em sua humanidade...e jamais usurpando nada da Glória da Graça de Deus.
12. Crer que somente se nos tornarmos gente boa de Deus é que teremos qualquer chance de sermos percebidos genuinamente como povo de Deus na Terra; do contrário, seremos sempre apenas parte da Religião Cristã.
13. Crer que Deus não se contamina com a presença de quem quer que seja, e que a Igreja é como uma porta aberta, não é uma Lavanderia e nem um Tribunal. Portanto, que sejam todos bem-vindos ao ajuntamento do povo de Deus.
14. Crer que Deus não está chamando clones para formar a Igreja, mas indivíduos, completamente únicos e singulares; e que todos terão que fazer seu próprio caminho na Graça de Deus; e, portanto, ninguém tem o poder ou o direito de julgar quem quer que seja por ser diferente.
15. Crer que o único Dogma da Fé é o amor, e que tudo o mais, sem amor, é apenas presunção humana e de nada aproveitará aos olhos de Deus, mesmo que a doutrina esteja certa.
16. Crer que a apostasia da igreja não vem em formas, mas em conteúdos. E a grande apostasia nunca será sobretudo comportamental, mas confessional, pois admite-se que todo homem é pecador e erra—pecar não lhe é algo alienígena—; a Palavra de Deus, porém, é perfeita; por isso, falsificá-la, negando a Graça de Deus realizada e consumada em favor de todos os homens, é desvio da fé, e é a Grande Apostasia.
17. Crer que a língua é o pior veneno do homem, e que é pela língua que a “igreja” mais ofende a Deus e ao próximo—com seus juízos, certezas, arrogâncias e delírios—;sendo, portanto, imprescindível que todo e qualquer progresso espiritual seja medido pelo modo como os homens usam a sua própria língua em relação ao próximo.
18. Crer que se desejarmos ser aproveitados como servos no reino de Deus, temos que nos desconverter de todas as nossas práticas, valores, importâncias e dogmas anteriores—visto que o Espírito não tirará pedaço de pano novo para remendar as vestes velhas. Cada geração tem que ouvir a Palavra com os ouvidos do Dia Chamado Hoje, que é Dia de Salvação.
19. Crer que ter a mente de Cristo não é possuir conhecimento técnico da Bíblia, mas sim ser capaz de olhar a vida com o olhar da misericórdia, da justiça e da Graça.
20. Crer que Deus deseja prosperar o Seu povo no corpo, na mente e no espírito, e que o sinal de tal prosperidade é a gratidão, o trabalho honesto, e a devoção integrada à totalidade da vida.

Se começássemos por aqui já veríamos os milagres começarem a acontecer; e haveria paz entre nós mesmos, por mais diferentes que fossemos, pois jamais haveria “forma” alguma que sobrepujasse a força do Conteúdo do Evangelho da Graça, o qual ungiria o ser de todos os irmãos na fé.

Caio Fábio - 23/01/04

terça-feira, 6 de março de 2007

Justiça Própria

Um conversa simples..

Roberto: É assim néh? vc faz as coisas direitas, faz o bem, para receber recompensa depois. São várias as religiões mas resumindo é isso.

Eduardo: Não, na verdade não. Apesar dos evangélicos e católicos assim como as outras religiões acharem assim, o evangelho de Jesus não é baseado em recompensa por boas atitudes porque a humanidade é má por natureza, portanto todos são maus. Jesus é a contraposição dessa maldade, e portanto, toda bondade que existe é influência e responsabilidade de Cristo. Por isso que Ele veio, para nos ensinar o modelo de como ser bons, e essa bondade tem apenas uma explicação simples, o amor, pq o mandamento dEle é este: Que vos amais uns aos outros...


quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Compartilhar a Loucura Inspirada

No mais, a sensibilidade de uns dias atrás ainda permanece e o Amor de Deus tem me arrancado suspiros... Como posso viver de qualquer jeito? Lágrimas têm saído dos meus olhos... Tenho me sentido inconformado, com uma vontade imensa de compartilhar esse Amor com as pessoas que perto de mim estão. Porém, fico pensando no tamanho da maluquice q é isso, e tudo fica angustiante, imaginem o seguinte diálogo:
- Ei, vc precisa conhecer o Amor de Deus, é algo impressionante, as palavras não conseguem expressar de tão magnífico. Ele te ama e mandou seu filho para nos reconciliar com Ele, fazer-nos mais humanos amando ao próximo como a nós mesmos.
- Nossa, que fanatismo! Não to entendendo nada. como assim? reconciliar pq? eu nunca briguei com Deus. Mas legal essa parada de amar ao próximo, é isso ae, todas as religiões pregam isso. Façam amor não façam guerra.
- Mas cara, vai além disso, Jesus veio nos salvar.
- Meu, salvar do que? da onde vc tirou q eu preciso ser salvo?
- Olha só, entre outras coisas, Jesus veio nos salvar de nós mesmos. Mas isso tem um sentido mais amplo e cósmico eu diria. Primeiro, a definição de Deus é Amor, mas ao mesmo tempo não têm definição, Deus é ! ponto final. Fomos criados em Deus, ou seja, em Amor, só que nós nos rebelamos e rompemos com o Criador, romper com o que É implica em deixar de ser, ou seja não existir mais. Já que Ele é amor, então manda seu Filho pra nos ensinar como que faz pra nos reconciliarmos com Ele próprio, ou seja, como que faz pra Ser de novo. Porém nunca ninguém, mesmo antes de Cristo, chegou a não existir de fato porque a obra da cruz se extende através dos tempos. Então, Jesus homem morreu, e ressucitou. Isto, em alusão a nós humanidade, que morremos (caímos na inexistência) e fomos ressucitados pela reconciliação em Jesus. A Igreja (reparem o I maiúsculo, não se refere a nenhuma igreja q vc conhece) então é como se fosse Jesus na Terra continuando a obra de reconciliação. Entendeu?
- Cara, vc é doido !

Ainda bem que eu não tenho que convencer ninguém dessa parada louca aí em cima, nem a mim mesmo.
problema do Espírito Santo, cada um com seus problemas !!! :-)
Por mais que eu louco pareça, eu estou convencido pelo poder do Espírito, e amo muito esse Jesus aí ! Ele é muito mais q O cara!
A mulher siro fenícia é um bom exemplo: Tá bom, eu sei q sou cachorrinho, mas as migalhas são suficientes. Senhor, não consigo explicar nada, mas me deixa pegar as migalhas que caem no chão que tá beleza.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Sociedade Alternativa

Durante a minha caminhada cristã, vários foram os "milestones", acredito eu que o mais difícil e importante deles é o que marca o reconhecimento de que Jesus e Religião são coisas diametralmente opostas. Aquele conceito enraizado de auto promoção diante de Deus coloca Jesus como apenas mais um grande líder religioso, ahh se eu for fiel, se eu (não) fizer, se eu der o dízimo, se for obediente, terei muitas bençãos. Na verdade, tudo isso é fruto da nossa tendência em querer ter um gênio da lâmpada que concede os nosso caprichos ao invés de Deus, nesse contexto a fé deixa de ser amor e esperança no Deus do evangelho e passa a ser moeda de troca por bençãos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Sensibilidade

Não sei como encarar a sensibilidade, sempre a achei cafona. E na verdade, sempre me senti confortável diante dessa minha parede de insensibilidade. Chamo de parede, pq ela impede que problemas e crises tenham importância ao ponto de afetar o meu estado psicológico. O problema é que no momento tenho me sentido sem a parede e um turbilhão de sentimentos diferentes parecem achegar-se. Isso já aconteceu outras vezes, mas sempre quando ela (a parede) volta, sinto-me ridículo e cafona por ter estado sensível. Talvez essa sensibilidade seja apenas projeções da mente tendo como base o meu coração enganoso, que não raramente anseia por fantasias disfarçadas de felicidade. O grande exercício é agradecer por demais a felicidade que hoje existe sem as fantasias e com a alegria, o amor, a cumplicidade, a Graça que sempre me é despendida, ou seja, a felicidade das coisas concretas, do dia-a-dia.